Parágrafo III
✨ O Todo-Poderoso
A Onipotência de Deus
De todos os atributos divinos, a onipotência é a única mencionada explicitamente no Credo. Confessar que Deus é todo-poderoso tem grande importância para a nossa vida, pois acreditamos que:
Sua onipotência é universal: Ele criou tudo, governa tudo e tudo pode.
É amorosa: Deus é nosso Pai e manifesta seu poder cuidando de nossas necessidades, concedendo-nos a adoção filial e perdoando nossos pecados.
É misteriosa: Só a fé pode discerni-la, especialmente quando “ela atua plenamente na fraqueza” (2 Cor 12,9).
As Escrituras frequentemente exaltam o poder de Deus, chamando-O de “o Poderoso de Jacó”, “o Senhor dos Exércitos”, “o Forte, o Poderoso”. Ele é o Senhor do universo e da história, governando os corações e os acontecimentos segundo Sua vontade.
A Onipotência Paterna de Deus
Deus é o Pai todo-poderoso. Sua paternidade e poder esclarecem-se mutuamente. Ele manifesta sua onipotência paterna:
Cuidando de nossas necessidades.
Concedendo-nos a adoção filial: “Serei para vós um Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas” (2 Cor 6,18).
Perdoando livremente os pecados, demonstrando assim sua infinita misericórdia.
A onipotência divina não é arbitrária; em Deus, o poder está unido à essência, vontade, inteligência, sabedoria e justiça.
O Mistério da Aparente Impotência de Deus
A fé em Deus Pai todo-poderoso pode ser desafiada pela experiência do mal e do sofrimento. Por vezes, Deus pode parecer ausente ou incapaz de impedir o mal. No entanto, Deus revelou sua onipotência de maneira misteriosa na humilhação voluntária e na ressurreição de Seu Filho, vencendo assim o mal. Cristo crucificado é “força de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 1,25). Foi na ressurreição e exaltação de Cristo que o Pai exerceu a eficácia de sua poderosa força, mostrando a incomensurável grandeza de seu poder para os crentes (cf. Ef 1,19-22).
A Fé na Onipotência de Deus
Somente a fé pode aderir aos caminhos misteriosos da onipotência de Deus. Essa fé se gloria nas fraquezas para atrair a si o poder de Cristo. A Virgem Maria é o modelo supremo dessa fé, pois acreditou que “a Deus nada é impossível” (Lc 1,37) e proclamou: “O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas; ‘Santo’ é o seu nome” (Lc 1,49).
Nada é mais adequado para firmar nossa fé e esperança do que a convicção de que nada é impossível a Deus. Tudo o que o Credo nos propõe, mesmo as coisas mais incompreensíveis e sublimes, pode ser admitido facilmente quando se tem a ideia da onipotência divina.
Por Minha Fé Católica